top of page

Pastoral - "Disciplina Eclesiástica" | Rev. Gilberto Barbosa

Quando expressamos a palavra disciplina, para muitos ela soa como algo ruim e negativo. Infelizmente, até no ambiente eclesiástico isso ocorre muitas vezes.

De acordo com o Dicionário: disciplina é obediência às regras, aos superiores e regulamentos; ordem; conduta que assegura o bem-estar dos indivíduos ou o bom funcionamento de uma Instituição. Já no caso da disciplina eclesiástica, ela visa a santidade e a unidade do corpo de Cristo – a Igreja, o reparo da ofensa e a recuperação do ofensor.

Uma das marcas da nossa igreja, além da pregação fiel das Escrituras e o exercício dos sacramentos (Batismo e Santa Ceia), é a disciplina eclesiástica.

Conforme a Confissão de Fé de Westminster, no Cap. XXX, 3, a disciplina eclesiástica é necessária pelo menos por cinco razões:

  1. Chamar e ganhar para Cristo os irmãos ofensores

  2. Impedir que outros pratiquem ofensas semelhantes,

  3. Purgar o velho fermento que poderia corromper a massa inteira,

  4. Vindicar a honra de Cristo e a santa profissão do Evangelho

  5. Evitar a ira de Deus sobre a Igreja, se ela permitisse que o pacto divino e os seios dele fossem profanados por ofensores notórios e obstinados.

O Rev. Valdeci da Silva Santos afirma: “É certo que o mundo vê a disciplina como expressão de ira e hostilidade, mas as Escrituras mostram que a disciplina de Deus é um exercício do seu amor por seus filhos (Ap 3.19). Deus não disciplina bastardos.”

Em Hebreus 12.4-8 está escrito: “Ora, na vossa luta contra o pecado, ainda não tendes resistido até ao sangue e estais esquecidos da exortação que, como a filhos, discorre convosco: Filho meu, não menosprezes a correção que vem do Senhor, nem desmaies quando por ele és reprovado; porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe. É para disciplina que perseverais (Deus vos trata como filhos); pois que filho há que o pai não corrige? Mas, se estais sem correção, de que todos se têm tornado participantes, logo, sois bastardos e não filhos.”

Portanto, embora a disciplina eclesiástica não seja agradável inicialmente, ela é necessária no tratamento e cuidado dos filhos de Deus. O escritor aos Hebreus também afirma: “Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, frutos de justiça.” (Hb 12.11).


Rev. Gilberto da Costa Barbosa (Pastor Auxiliar da Igreja Presbiteriana da Lapa)

92 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page